Há cerca de duas semanas estamos às voltas com uma série de informações sobre o Covid-19, incluindo memes dos mais engraçados aos mais aterrorizantes, dados conexos e também desconexos, e um certo medo instalado nas pessoas.
Tal sentimento, cabe ressaltar, faz parte do processo de condução das massas. Afinal, muitos não se aprofundam nos dados e simplesmente seguem a chamada “manada”. Esse comportamento absolutamente focado na sobrevivência é motivado pelo vírus da mente, (termo cunhado por Richard Brodie) também conhecido como memética. Um vírus mental que infecta e mata antes da infecção pelo vírus biológico. Esse comportamento invariavelmente tumultua o cotidiano, causando uma miopia nas ações das pessoas.
E os exemplos são muitos. Assim se sucedeu com o “Alquingel” ou “Alcomgel”, como preferir, com as máscaras que na verdade só são indicadas para os infectados, com os produtos do supermercado e a consequente inflação dos preços, em que pude presenciar empresas de informática se aproveitando para vender álcool em gel por R$ 120,00 um frasco, que normalmente custaria R$ 12,00.
Dezenas de milhões de pessoas que têm suas atividades possíveis de serem realizadas remotamente em home office, que aliás é um conceito sensacional que estamos testando à força, prostraram-se em suas posições e automaticamente passaram a consumir em horário comercial tudo aquilo que não consumiam antes: comida, bebida, água, luz, internet, telefonia, delivery de tudo e muitas compras on-line.
Bem, parece que aí a equação não fecha, porque a maioria dos que estão em casa, trabalhando, estão se colocando na condição de “reis”, se sentindo mal atendidos, vítimas, pois a comida não chegou. Precisam trabalhar e a internet está lenta, o celular falhou, a encomenda não chegou. Tudo virou muleta!
O exercício da empatia zerou. Juntou o medo com a acomodação e “Equação do Bom Senso” dá negativa. Vai para a rede social reclamar que o serviço da empresa não presta, xinga, chama a atenção, posta em todos os comentários que as empresas são ruins. Mas não para e faz a pergunta: antes a coisas funcionavam e agora ficou pior? Por qual motivo? Não, não está tudo normal. Não está tudo como antes. Há um desencaixe absoluto no mundo, nos principais serviços, com as principais marcas e serviços, e principalmente com a vida das pessoas.
Com o mínimo de racionalidade, queremos passar ilesos por esse desafio mundial, precisamos fazer essa conta:
Some-se ao coletivo, diminua do vírus da mente, e a Equação do Bom Senso vai dar positiva!